Após o lançamento do enredo do Carnaval 2013, realizado na noite de 26/05/2012, a escola Tricolor divulgou oficialmente a sinopse do enredo "Dragão, guardião real, mostra seu poder e soberania na corte do Carnaval !" , com assinatura do carnavalesco Andre Cezari.
A escola levará ao Anhembi um enredo sobre as histórias e e simbologia dos dragões ao longo de estórias e mitologias.
Confira a sinopse da escola:
Dragão, guardião real, mostra seu poder e soberania na corte do Carnaval
! Rufem os tambores ! Soem as trombetas ! Abram seus corações para a alegria!
Sou o Bobo-da-corte, neste reino de fantasia!
Nobre
“corte do reino Anhembi”, nesta noite de festas e encantos, os convido a contemplar
a cantata dos meus sonhos fascinantes. Histórias intrigantes sobre o Dragão que
um dia me trouxe de volta vida. Guardião desta monarquia, que me fez conhecer
as façanhas surreais que hoje vou-lhes revelar...Pelos quatro cantos e confins
do mundo, foste aclamado: Suntuoso Dragão... Herói ou Vilão!
Deus
sumeriano “protetor da árvore da vida”, Grécia do velocino de ouro, símbolo
guerreiro e imbatível dos romanos adotado por grandes generais, deus egípcio,
babilônico, indiano e asteca, boitatá: serpente de fogo... Guardião de
tesouros!
Lendários
cavaleiros lhe ergueram estandartes, brasões, bandeiras e escudos, espalhavam
sua imagem: força e honradez! Em plenilúnio, mostra tua face, astúcia e
obediência, trio mensageiro da tríplice coroa: Ginete, Dragão e Cavaleiro,
trindade perfeita a nos guardar. Princesas vigiou em castelos, emblemático e
imponente jamais da torre se afastou, sendo perigo iminente ao príncipe que se
aventurou.
Muitas
“ordens” nomeou, numa delas Voivoda, o Vlad II, em cavaleiro transformou. Como
herança deixou em seu filho, Vlad III sua referência de dragão. Draculea o
mesmo se chamou, perverso e sombrio a
Drácula inspirou.
Dracul,
Draculea, Dragão, Vampiro ou Guardião?
Entre o
bem e o mal vou mais além, sua história se mistura, se confunde. É
contraditória, eu sei! Mas foi o sonho que sonhei. Em toda alquimia: Fogo,
terra, água e ar; enigmática magia, és também reverenciado!
Hálito de fogo,
consome e dilacera, muda etéreo e matéria. Lendas e mistérios figuram
pergaminhos, em fantástica literatura Tolkien lhe descreveu, no lirismo da
passagem, grande foi a homenagem, que a arte lhe ofereceu. Sentindo a liberdade
de voar ao infinito, em suas asas me divirto como criança, que em tudo vê
esperança, aventura e um final feliz! Em terra de Dragão quem canta o hino é um
trovão!
Nos
templos do Oriente sua imagem está presente, na busca da sabedoria nos
ensinamentos ancestrais, segredo da longevidade é o mistério da plenitude.
Bravura, sucesso e virtude, recriando o imaginário na realidade e na espiritualidade.
Personificação sobrenatural do poder imperial. Sopram ventos de boa sorte!
Sinos entoam e celebram a etnia: na dança, no tambor e na pirotecnia. Pois é o
ano do Dragão, vital meu guardião resplandece, no brilho reluzente das estrelas
de fogo, que se acendem e nunca se apagam. Neste momento a emoção toma conta de
mim, a magia do meu sonho virou realidade, ilusão ou verdade, não importa é
carnaval, a festa do povo!
O show é
do mestre-sala e da porta-bandeira que riscam o chão de poesia defendendo com
galhardia, o nosso pavilhão!
No
compasso da Bateria, o ritmo incendeia a delirante monarquia, que vai desfilar
sob as bênçãos da nossa madrinha.
Porque, o
que vale a pena é ser feliz! Ser bobo, ser rei, rainha ou passista, cabrochas,
malandros, pierrôs e colombinas, são todos personagens principais... E hoje eu
sou o Arlequim do Carnaval, folião da Dragões da Real!
Exaltando
o símbolo da minha bandeira: alva, preta e vermelha vou festejar sua coroação,
soberano rei desta folia, é poder é garra e paixão! Rei Momo Dragão! Sua
coragem, raça e superação transfiguraram em meu ser, o seu poder imortal.
Hoje eu
tenho a força do Dragão, sou sua plena irradiação, tenho no peito a outra
metade do seu coração e não me canso de dizer: Dragão, herói ou vilão: meu
orgulho é ser você!
O
Narrador: Bobo da Corte
Protagonista:
O Dragão
A Corte:
Público
O Reino:
O carnaval, a folia.
O
castelo: O complexo do sambódromo do Anhembi
O Salão
do castelo: Pista de desfile
A Rainha:
destaque das Baianas
A
Nobreza: Escola de Samba Dragões da Real
Glossário:
Cantata:
composição vocal, para uma ou mais vozes, com acompanhamento instrumental, às
vezes também com coro, de inspiração religiosa ou profana, contendo normalmente
mais de um movimento e cujo texto, em vez de ser historiado, descrevendo um
fato dramático qualquer, é lírico, descrevendo uma situação psicológica
(sonho).
O Bobo da
Corte e o Dragão: Nesta lúdica história, em tempos idos, inerte jazia o Bobo,
findou-se a Alegria, sinistra nostalgia tomou conta do reino... régio guardião,
O Dragão, tomou a decisão, parte do seu coração, retirou do peito entregou ao
moribundo e partilhou seus feitos. Renascido e contente o Bobo, recordou suas
memórias, contando as histórias do seu amigo e salvador. Consequência da
atitude generosa do Dragão fez o Bobo imune a qualquer acaso, imortal agora o
Bobo é o arlequim do carnaval, vivendo um sonho real.
O Bobo da
Corte ou Arlequim do carnaval. A trajetória desse personagem ao longo dos
tempos transpassa o sonho e a realidade. O passado e o presente, muda de nome,
sua forma de atuação, mas não tira a sua dualidade, quando dois são um na
verdade.
Sonhos
fascinantes: Aventuras e diversas histórias que envolvem o ser mitológico
Dragão, na antiguidade, na idade média, na religião, na literatura, no cinema,
na magia alquímica, nos países do oriente, no imaginário do inconsciente
coletivo e o símbolo de força, poder e sabedoria que o mesmo representa na
Escola de Samba Dragões da Real.
A Emoção
do Bobo da Corte: Em meio à dissertação de seus sonhos fascinantes, o tremular
do pavilhão e o pulsar da Bateria o chama a realidade, e acelera seu coração de
folião, neste momento ele se vê no sambódromo não mais como Bobo da Corte do
reino de fantasia e sim como Arlequim do carnaval na pista de desfiles com a da
Dragões da Real, o guardião que um dia lhe salvou a vida, vai ser coroado Rei
Momo, e o sambódromo o palco iluminado da folia.
Setorização
Abertura:
Estamos
no sambódromo, ou melhor, no Castelo Anhembi, São Paulo, entre a realidade e a
ilusão do carnaval!
Primeiro
ato: “Dragão, símbolo de poder e guardião do reino do Anhembi”
Ao rufar
dos tambores e soar das trombetas, o Bobo pede passagem, em mais uma noite de
apresentações para animar os nobres que desfrutam da companhia da rainha.
Convida a corte, a contemplar as lembranças compartilhadas em sua memória,
através de um ato de salvamento entre ele e o Dragão, guardião do reino.
Segundo
ato: “Pelos quatro cantos e confins do mundo, o voo do Dragão.”
Pelos
quatro cantos e confins do mundo, foste aclamado!
Há
milhares de anos são contadas histórias sobre Dragões. Há muitos mitos, em
torno deste Ser lendário nos mais diversos povos e civilizações eles se mostram
tão presentes que se torna difícil separar realidade da ilusão.
Sua
simbologia é sinônimo, de grande força, poder, sabedoria ou destruição. As
versões de sua imagem materializam o gigantismo de suas formas quiméricas,
imensos lagartos ou como grandes serpentes, muitas vezes com asas, plumas,
poderes mágicos e o temido hálito de fogo.
Heróico
foi considerado como um Deus, protetor da vida, guardião de florestas e
tesouros. A coragem que inspirava exercitos inteiros o fez insignia militar de
guerreiros, cavaleiros e brasões e até nos escudos era forjado como simbolo
imbativel, voraz e terrível.
A lua
sendo o espelho do sol, reflete em plenilúnio a imagem inconfundivel da
trindade perfeita, que se prepetuou: Cavaleiro, Ginete e o Dragão.
Terceiro
ato: “A arte lhe traduz...”
A arte
muitas vezes imita a vida, e se inspira em personagens reais, assim não foi
diferente nascia o Drácula. Tolkien traduz o seu legado em Literatura
fantástica, personagens imortais, figuras inesquecíveis que foram criadas pelo
fio condutor draconiano, heróis e vilões, guerreiros e bruxos, magia... O bem e
o mau.
Mensagens,
pergaminhos e heranças, fidelidade e amizade brilha nos olhos de criança, que
em tudo vê esperança, aventura e um final feliz!
Quarto
ato: “Terras de Dragão.”
Butão: Em
terra de Dragão quem canta o hino é um trovão!
No
Oriente, sua imagem é ostentada em símbolos nacionais. Dos Tailandeses também é
guardião dos templos.
Sagrado,
na China se personificou no poder imperial. Descrevendo os orientais e sua
relação com o
guardião à plenitude de suas virtudes é venerada e sua
inteligência é o bem precioso que todos buscam alcançar nos ensinamentos
ancestrais... Butão, Vietnã, Coréia, Tailândia, Japão e China.
Vislumbrando
as estrelas, o Bobo da corte, reconhece o período regido pelo signo Dragão
Chinês (23/01/2012 a 09/02/2013). Sopram ventos de boa sorte!
Quinto
ato: “Rei Momo Dragão e sua festa de coroação”
A
coroação do Guardião neste carnaval de 2013. A Dragões da Real exalta o seu
símbolo e suas façanhas surreais ao longo do tempo, em reconhecimento a sua
força, poder e sabedoria, a escola o consagra como Rei Momo. Na figura mais
representativa da folia Momesca, o Arlequim é personagem fundamental e
demonstra o orgulho de seu pavilhão e seu símbolo imortal, é também quem faz as
honras desta transição fantástica entre a ilusão e a realidade. Afinal é carnaval,
a festa do povo! O maior espetáculo da Terra!
...Exaltando
o símbolo da minha bandeira: branca, preta e vermelha vou festejar sua
coroação, soberano rei desta folia, é poder é garra e paixão! Rei Momo Dragão!
Sua coragem, raça e superação transfiguraram em meu ser, o seu poder imortal.
A data do lançamento do enredo tá errada, é 2012 e não 26/05/2013
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