Caprichosos de Pilares anuncia Almir de Araújo como diretor musical.

"Deixa serenar ôôô… Que eu te aqueço no calor do meu amor…". Ao conversar com Almir de Araújo facilmente percebe-se que é exatamente assim que ele pretende lidar com sua nova função – na verdade, não tão nova – na Caprichosos de Pilares, a de diretor musical. 

Na agremiação desde 1979, ele esteve no comando do carro de som por 8 anos, outros 4 na administração do barracão, também foi administrador da quadra e presidente da ala de compositores. Tamanha experiência certamente influenciou a decisão de presidente Cezar Thadeu, que é, aliás, um amigo de longa data, a quem credita grande confiança: "É nítida a vontade de resgatar tudo que plantamos na época do então presidente Fernando Leandro – falecido em 2000 -, um cara rigoroso e muito honesto. Thadeu se parece com ele na seriedade com que conduz o trabalho e, deste modo, nos entusiasma. A energia da escola hoje é outra", salientou.

"Que comeu, comeu. Quem não comeu, não come mais…". A Caprichosos de Pilares vive um novo momento, diz Almir, que esteve afastado da azul e branca nas últimas duas administrações e que testemunhou grandes carnavais junto ao saudoso Jackson Martins, sendo inclusive um dos incentivadores de sua contratação: "Ele foi à quadra defender o samba de uma parceria e seu talento logo me chamou atenção. Não pude me conter e fui ao presidente Fernando Leandro que, pra nossa felicidade, o contratou. Situação semelhante ocorreu para a chegada a Caprichosos de um outro grande intérprete, Zé Paulo. Aos 14 anos, na Difícil é o Nome, ele já impressionava. Depois de sua rápida passagem pelo Salgueiro, por sorte, conseguimos trazê-lo para defender nossas cores e pavilhão". 

E por falar em cantores, o novo diretor musical ainda não teve uma conversa a respeito de sua atuação junto aos intérpretes da agremiação: Celino Dias, Lico Monteiro e Sandro Motta. Almir tem apenas observado e hoje à noite estará na quadra para novamente assisti-los e então refletir em como dará sua contribuição. O trio, no entanto, é bastante conhecido pelo diretor:

"Acompanho Lico e Sandrinho desde garotos, dos tempos de Inocentes da Caprichosos. E com relação a Celino… Ah, este eu conheço de muitos carnavais. É um cara de grande experiência na Avenida e sua contratação como voz de referência foi mais do que acertada".